"Acho que foi o reconhecimento do trabalho que fizemos ao longo de quatro anos, da equipa que constituímos, e do facto das pessoas se identificarem connosco, com a nossa postura, com aquilo que desenvolvemos na Câmara e Assembleia Municipal", disse à agência Lusa o candidato vencedor Rui Sampaio.
Chefe do serviço de finanças no concelho vizinho da Lousã, o futuro presidente da autarquia de Góis atribuiu também a vitória, ainda que sem maioria absoluta, "a alguma vontade de mudar o que tem sido a política no concelho nos últimos anos".
Rui Sampaio promete "trabalho e dedicação, porque há muitas coisas por fazer".
O PSD, que só por uma vez tinha governado o concelho, entre 1979 e 982, elegeu dois vereadores, tantos como o movimento Independentes por Góis, e o PS um.
Nestas eleições, a socialista Lurdes Castanheira, que liderou a Câmara nos últimos três mandatos, não se pode recandidatar por limite de mandatos e foi substituída, primeiro por Mário Garcia, que renunciou por questões de saúde, e depois por Graciano Rodrigues.
Apesar de não ter maioria absoluta, Rui Sampaio espera que durante o mandato "prevaleça o bom senso" e que a oposição "esteja focada no desenvolvimento do concelho e nos seus superiores interesses".
"Durante a campanha, percebemos que há uma série de dificuldades que nos foram sendo reportadas e situações que estão por resolver, desde acessibilidades rodoviárias, acesso à internet e apoio aos empresários", referiu.
O candidato do movimento Independentes por Góis, José Rodrigues, disse à agência Lusa que a expectativa e o objetivo era ganhar as eleições, mas que tem de respeitar a democracia e o voto do povo e sujeitar-se a ficar na oposição.
"Estaremos sempre com espírito de ajuda e postura construtiva para tudo o que seja melhor para Góis", assegurou.
"Tudo o que seja em prol do desenvolvimento de Góis podem contar connosco", sublinhou.
O candidato realçou ainda que os Independentes por Góis conquistaram mais uma freguesia, passando a ter duas das quatro do concelho.
O PS, que foi relegado para terceira força partidária, atribui o resultado ao desgaste da atual presidente nos últimos anos, com o seu "afastamento permanente das pessoas e do eleitorado".
"Era uma relação muito débil, que associada a uma execução orçamental com muitas obras adiadas e outras não finalizadas levou a esta situação, em que as pessoas estavam ansiosas por manifestar as suas mágoas nas urnas", disse à agência Lusa.
Salientando que o resultado obtido "não era totalmente inesperado, tal o estado lastimável em que estava o partido", Graciano Rodrigues salientou que a sua candidatura "tudo fez para mostrar que eram um grupo coeso e com muita capacidade de trabalho".
O candidato socialista adiantou que está disponível para viabilizar no executivo todas as propostas e iniciativas que "sejam para o desenvolvimento e melhoria das condições de vida" da população de Góis, que, de acordo com os resultados preliminares dos Censos 2021, se situa nos 3.806 habitantes.