No regresso à normalidade, os ministros de António Costa optaram pelo contraciclo. Por ação ou omissão, foram muitas as intervenções descabeçadas. Foi uma semana ‘horribilis’ para o Governo.
A começar pela insídia iniciativa do ministro da Defesa de tentar destituir o Chefe do Estado-Maior da Armada sem informação ao Presidente da República. António Costa bem pode ter levado Cravinho pela mão ao ‘perdoa-me’ de Marcelo, mas não conseguiu esconder a desautorização do ministro, sem condições para continuar, nem esclareceu se ele próprio sabia da investida do titular da Defesa.
Já a ministra da Justiça acha que a fuga do banqueiro Rendeiro gera desconforto social, mas acha que não pode ser responsabilizada porque, afinal, é assunto do "foro judicial". E, assim, a culpa deste "vexame", como adjetivou Rui Rio, morrerá solteira. Comparado com isto, o ministro das Infraestruturas ter criticado em público o colega das Finanças até parece brincadeira.
E no meio desta turbulência brilha uma estrela ascendente. Marta Temido continua a espalhar vacinas – agora é a da gripe – e sorrisos, quem sabe à espera da remodelação que Costa talvez já admita.