O eterno bastião centrista desde o 25 de Abril (Ponte de Lima) bem pode simbolizar o desempenho do CDS na noite autárquica. Resistiu onde devia resistir, maximizou o efeito das coligações e teve algumas derrotas mediáticas (o caso de João Almeida em São João da Madeira) mas já esperadas.
As apostas em Lisboa, no Porto e em Coimbra foram vencedoras, o resultado global não envergonha e estanca uma hemorragia política que ameaçava infetar a liderança de Francisco Rodrigues dos Santos.
A réstia de força autárquica que os centristas revelaram dá-lhes um novo músculo político, em especial para negociar alianças com o PSD a nível nacional, varrendo para um canto o "fantasma" do Chega como novo dono e senhor da direita portuguesa.