O Chega é um epifenómeno — apareceu, cresceu, vai crescer mais, descer abruptamente quando o PSD encontrar um líder que reúna o centro-direita. Entretanto, continuará a ser "o partido de André Ventura" e suas campanhas, dislates e obsessões pessoais. Por isso dificilmente será, com exceções pontuais, uma força no mapa autárquico.
Méritos, tem: reuniu 200 candidatos (parte com sérios problemas cognitivos), ultrapassou PCP e BE em autarquias inesperadas, e somou votos e mandatos para futuras legislativas — que são as que importam para Ventura, além das presidenciais onde será o que mais gosta: estar sozinho no palco. Já vimos o PCP fazer festa por resultados piores — Ventura conhece estes truques e, numa noite em que todos quiseram ser vencedores (exceto o PCP, desta vez), não fez nada de mais.
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