Não tenho grandes memórias dos meus avós, aliás, só conheci, miúdo, uma avó paterna. Não tenho histórias pessoais para contar que nos situem nestas relações de proximidade e afeto que confirmam a importância dos laços familiares na construção do mundo que todos desejamos melhor. Mas ao longo da minha vida tenho conhecido muitos idosos, Licínio e Rosa, Joaquim e Irene, João e Laura, avós e bisavós, e este conhecimento feito de inúmeras visitas a lares e hospitais, a casas com vidas desafogadas e a tantas outras onde falta o pão, de muitas conversas, em jeito de desabafos, partilhas e confissões, permite-me afirmar com clareza e determinação, que ainda temos muito a fazer no reconhecimento da importância dos mais velhos na vida de todos nós.
Ver comentários