Por baixo do tapete da pandemia escondem-se há meses muitos problemas graves que agora voltam inevitavelmente à superfície.
O regresso da normalidade à nossa vida coletiva vai destapar muitos desses problemas. Crises estão para rebentar depois de terem sido empurradas para o futuro. Porque o futuro chegou.
A empresa têxtil Dielmar parecia um caso exemplar. A falta de encomendas, mas também, por certo, alguma inépcia de quem geria, lança agora para a insolvência uma marca sólida, que chegou a vestir a seleção nacional. Centenas de famílias ficam em risco de cair no inferno do desemprego.
À medida que a proteção do Estado a famílias e empresas terminar, muitas não resistirão. A pior fase da pandemia económica e social deve estar a chegar.
Um tsunami a que o Estado terá inevitavelmente de acudir.