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Armando Esteves Pereira

Peculato na campanha

Os governantes não podem usar meios públicos na campanha eleitoral.

Armando Esteves Pereira(armandoestevespereira@cmjornal.pt) 19 de Setembro de 2021 às 00:33
Este fim de semana deve ser difícil no território do continente português haver um palmo de terra onde não passe um governante a dar a mão às campanhas dos candidatos socialistas.

A começar por António Costa, o primeiro-ministro e profeta dos milhões da bazuca, que de norte a sul tem feito um périplo incansável.

Há suspeitas de que a ministra da Saúde terá ido em visita oficial a Vila Nova de Gaia e Porto e aproveitou para tomar um pequeno-almoço de campanha com o candidato socialista à cidade invicta. Ou seja, a ministra aproveitou recursos públicos e foi ao Porto com o dinheiro dos contribuintes para participar numa campanha partidária.

Os ministros e secretários de Estado enquanto cidadãos têm todo o direito em participar em eventos políticos de apoio aos candidatos autárquicos, mas não podem usar os meios do Estado para o fazer. Há um crime tipificado para quando um governante usa recursos públicos para fins privados: peculato.

O respeito pela democracia e pelos valores da ética republicana exigem essa separação clara de papéis.
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