Com as negociações previsivelmente demoradas para constituição do novo governo alemão, Angela Merkel ainda continuará por algum tempo a ocupar a cadeira de chanceler em Berlim.
Mas as eleições de ontem marcam a saída de cena da política mais determinante da UE no século XXI. Nem todas as suas decisões foram as mais corretas, como a resposta à crise financeira de 2008, que penalizou particularmente os portugueses e os gregos, mas foi um exemplo de seriedade, coragem e determinação.
E na crise da pandemia foi decisiva para a criação da ‘bazuca’. Num tempo de anões políticos é compreensível a nostalgia que desde Portugal até ao leste da UE se sente com o adeus da senhora Merkel.