O automóvel entrou em força na campanha eleitoral, mas não se pense que vêm aí medidas revolucionárias de mobilidade.
O que tem vindo é mais do mesmo. A primeira a acelerar foi a neófita militante socialista Marta Temido que aproveitou um carro do Estado, pago por todos nós, para ir à campanha do PS e assim demonstrar que o tachismo partidário é um vírus de propagação veloz.
Ontem, Rui Rio foi de pendura num Rolls-Royce apoiar o candidato utilitário do PSD à Câmara do Porto. Rio, que tem criticado, sem ter apresentado queixa, o uso que António Costa estará a fazer na campanha das virtudes da bazuca europeia, defendeu novo regresso das corridas de automóveis à Invicta, já por si protagonizado enquanto autarca e então materializado pelo agora candidato Vladimiro Feliz.
A promessa é que os carros trariam ao Porto um turismo qualificado, mas não quantificado. Será bom recordar que as corridas de Rio e Feliz custavam mais de dois milhões de euros, com a fatia de leão suportada pelo Turismo de Portugal.
O que nos esclarece bastante sobre o pensamento plurívoco de Rui Rio no que diz respeito ao rigor do investimento público.