Um conjunto de conversas recentes com responsáveis da administração interna acentuou uma preocupação que trago há anos comigo.
A progressiva escassez de jovens em idade de procurarem uma carreira está a dificultar cada vez mais o recrutamento para o Estado, por exemplo para as forças de segurança. Essa dificuldade já se nota no presente, mas vai certamente crescer nos próximos anos, porque teremos cada vez menos jovens adultos. A acumulação de anos com baixíssima natalidade agrava o problema. Se na generalidade das funções da economia o recurso à imigração vai mitigando o problema, noutras áreas essa solução não é possível.
Só quando o Estado sentir dificuldade em recrutar por falta de pessoas poderemos contar com um sério sobressalto do poder político para combater a baixa da natalidade.