Coube a uma personagem única do desporto nacional a conquista da primeira medalha olímpica para o nosso país. Mesmo sem o conhecer pessoalmente, gosto verdadeiramente de Jorge Fonseca, o judoca bicampeão mundial e agora medalhado em Tóquio. Ele entrou no nosso imaginário quando celebrou a primeira conquista com uma dança no tapete.
Depois, descobrimos a recuperação de um cancro, o percurso de vida, a fúria de viver e de vencer. Um típico desportista filho do Portugal do século XXI, sempre a espadeirar com profissionalismo e força de vontade contra as debilidades dos apoios e das condições dadas aos atletas por um país que exige medalhas sem dar condições.
Jorge Fonseca ambicionava o ouro. Para ele, o bronze foi uma derrota. Reagiu de imediato, a olhar para a próxima olimpíada. Um campeão.