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Correio da Manhã

Euro 2020

Hungria

Fique a saber tudo sobre a formação húngara.
Record 4 de Junho de 2021 às 15:58
Fique a saber tudo sobre a formação húngara.
Por Record 4 de Junho de 2021 às 15:58
Longe dos tempos áureos - nos anos 50 do século passado era uma das seleções mais poderosas do Mundo -, a Hungria chega a este Europeu como favorita... a ficar no último lugar do grupo. A diferença de valores para os três rivais é abismal, mas até por isso pode tornar-se um adversário perigoso. Em 2016, no regresso a uma fase final da prova 44 anos depois, também ficou integrada no mesmo grupo de Portugal e, curiosamente, acabou mesmo por terminar em 1º lugar.

Repetir o feito parece missão impossível, principalmente depois das dificuldades sentidas no apuramento, apenas conseguido num playoff frente a Bulgária e Islândia. De qualquer forma, tem uma importante vantagem: vai jogar em casa com Portugal e a França, antes de fechar o grupo frente à Alemanha, em Munique.

Tem apenas 20 anos mas é já um nome bem conhecido no futebol europeu. Depois de ter brilhado ao serviço do Salzburgo, que o descobriu em 2017 nas camadas jovens do Videoton, o jovem médio mudou-se para o RB Leipzig, outro clube ligado à Red Bull, por 20 M€, em janeiro. Tornou-se no futebolista húngaro mais caro de sempre mas a transferência para a Alemanha não lhe correu bem pois não chegou a estrear-se na Bundesliga devido a uma lesão. Resta saber em que condições físicas chegará ao Europeu depois de ter sido o herói da qualificação: em novembro, fez o golo que completou a reviravolta frente à Islândia (2-1), aos 90'+2, no playoff.






Depois de ter conduzido o Honved ao título húngaro em 2017, o técnico italiano acabou por ser o escolhido para suceder a Georges Leekens como selecionador em junho de 2018. Com uma carreira discreta como jogador, o antigo defesa foi treinado por Marcelo Bielsa nos mexicanos do América e assume-se com um seguidor do carismático 'El Loco'. Como treinador fez carreira nas divisões secundárias de Itália antes de chegar à Hungria e passou ainda pelo Dunajska Strada, da Eslováquia, de onde seguiu para a seleção húngara. Obcecado pela análise das partidas, prepara os jogos até ao ínfimo pormenor.


Apesar de estar há quase meio ano sem jogar - o seu último jogo foi a 20 de dezembro, pelo Salzburgo, frente ao WAC -, Szoboszlai integra a convocatória de Marco Rossi e as esperanças da equipa passam muito pelo que o talentoso jovem médio do RB Leipzig possa fazer. De resto, o conjunto magiar conta com elementos com grande experiência, em especial no setor mais recuado e no ataque. Mas a verdade é que faltam grandes nomes de nível internacional.

Marco Rossi tinha no 4x2x3x1 o sistema preferencial mas na seleção húngaro tem apostado nos últimos tempos num esquema com três defesas (3x5x2). Uma estratégia que dá mais segurança defensiva e que acabou por lhe garantir o apuramento para o Europeu. Szoboszlai é o nome mais sonante e a grande incógnita é saber em que condições físicas estará o médio do RB Leipzig. O guardião Peter Gulácsi e do defesa Willi Orbán, também ambos dos vice-campeões alemães, são outras mais-valias, tal como os experientes avançados Ádám Szalai e Nikolic.

O percurso magiar em Europeus pouco tem a ver com o dos três rivais na primeira fase do Euro'2020, apesar de um 3º lugar em 1964 e de um 4º oito anos depois, numa altura em que nas fases finais participavam apenas quatro seleções. Depois disso, a Hungria apenas se voltaria a qualificar para a uma fase final da prova em 2016, onde surpreendeu ao ganhar o grupo onde estava incluído Portugal, caindo nos 'oitavos' frente à Bélgica com uma goleada por 4-0.

Em baixo pode consultar todo o calendário do Euro'2020. Integrada no Grupo F, o mesmo da Seleção Nacional, a Hungria disputará dois dos seus encontros enquanto anfitriã, em Budapeste, diante de Portugal (15) e França (19). O último, a 23, será diante da Alemanha, em Munique.

O capitão Ádám Szalai é o jogador da atual seleção húngara com mais jogos (70), mas longe do topo. O antigo guardião Kiraly e o ex-captião Dzsudzsák lideram esta lista, superando um dos históricos dos anos 50 e 60 do século passado, József Bozsik. Grosics, Puskás e Mátrai são outros exemplos dos tempos áureos da equipa magiar, entretanto ultrapassados por jogadores de gerações mais recentes.

1. Gábor Király, 108       
2. Balázs Dzsudzsák, 108        
3. József Bozsik, 101        
4. Zoltán Gera, 97          
5. Roland Juhász, 95          
6. László Fazekas, 92          
7. Gyula Grosics, 86          
8. Ferenc Puskás, 85          
9. Imre Garaba, 82         
10. Sándor Mátrai, 81

Se ao nível das internacionalizações há vários jogadores de gerações recentes a destacar-se, nos goleadores isso fica muito mais complicado. Puskás ou Kocsis alcançaram números sensacionais e que parecem virtualmente impossíveis de repetir. Aliás, do top 10, aquele que jogou mais recentemente foi Tibor Nyilasi, que se retirou em... 1985! Ádám Szalai é o melhor goleador da atualidade, com 23 golos.

1. Ferenc Puskás, 84          
2. Sándor Kocsis, 75          
3. Imre Schlosser, 59          
4. Lajos Tichy, 51          
5. György Sárosi, 42          
6. Nándor Hidegkuti, 39          
7. Ferenc Bene, 36          
8. Gyula Zsengellér, 32          
9. Tibor Nyilasi, 32          
10. Flórián Albert, 31
Nota: todos os dados presentes nesta página estão atualizados até dia 25 de maio de 2021.
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