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Correio da Manhã

Euro 2020

República Checa

Fique a saber tudo sobre a formação checa, que está no Grupo D.
4 de Junho de 2021 às 15:56
Fique a saber tudo sobre a formação checa, que está no Grupo D.
4 de Junho de 2021 às 15:56

A República Checa foi, talvez, a seleção que mais problemas enfrentou devido à Covid-19. Em setembro do ano passado, um surto arrasou jogadores e equipa técnica e obrigou mesmo à chamada de nove atletas sem qualquer internacionalização A - até um antigo internacional (Roman Hubník, de 36 anos) voltou a ser convocado quatro anos depois.

Recuperados de tal inevitabilidade, os checos chegam ao Euro com aspirações de, no mínimo, intrometerem-se entre Croácia e Inglaterra para passar à fase de grupos, mas até poderão atingir esse objetivo sendo um dos melhores terceiros classificados. 

É certo que a seleção checa já não tem os nomes que marcaram uma geração como Petr Cech, Pavel Nedved, Karel Poborsky, Jan Koller, Tomas Rosicky ou Milan Baros, mas apresenta um conjunto de jogadores - com destaque para Vladimir Darida, Patrik Schick e Tomas Soucek  - que garantem ao selecionador Jaroslav Silhavy uma equipa competitiva e capaz de criar grandes dificuldades aos adversários


Leva já oito anos de experiência ao mais alto nível na Bundesliga alemã – primeiro no Friburgo, depois no Hertha Berlim – que fazem de Vladimir Darida um dos jogadores mais tarimbados desta seleção checa. Assume-se não só como o coração, mas também como os pulmões, da equipa comandada por Jaroslav Silhavy.


Jaroslav Silhavy pegou na seleção checa no final de 2018 e conseguiu levar a seleção a uma qualificação tranquila para este Europeu, num grupo onde foi apenas superada pela Inglaterra. O técnico de 59 anos montou uma equipa que joga de forma pragmática e cujo coletivo se sobrepões às individualidades.


A lista de convocados (inicial) dos checos deu que falar essencialmente pela chamada de Ondrej Kudela, jogador do Slavia Praga que está suspenso devido a alegados insultos racistas a Glen Kamara, do Rangers, num jogo da Liga Europa. A UEFA negou a intenção de Jaroslav Silhavý e acabou por ser Michal Sadilek, do PSV Eindhoven, a ser 'repescado'.

Esquecendo esta questão, Tomas Soucek, melhor marcador do West Ham na última Premier League (10 golos), e Patrik Schick, que marcou por 9 vezes pelo Bayer Leverkusen na Bundesliga, vão estrear-se numa fase final de uma grande competição e são os destaques da convocatória.


A República Checa joga habitualmente num 4x2x3x1, com duplo pivot no meio-campo mais focado em defender e dar equilíbrio à equipa do que em chegar a zonas mais adiantadas. Essa tarefa cabe ao capitão Darida, o ‘10’ que organiza jogo e se posiciona como segundo avançado, no apoio a Patrick Schick, o preferido de Jaroslav Silhavy para o lugar de ponta-de-lança.


A República Checa viveu os seus anos dourados ainda como Checoslováquia, com a conquista do título europeu em 1976 e o 3º lugar em 1980, igualando o desfecho da primeira edição do torneio, em 1960. Os checos partem para a 7ª presença consecutiva em fases finais do Euro, tendo como objetivo mínimo passar a fase de grupos e assim fazer melhor do que em 2016.

A República Checa está inserida no Grupo D e realiza os dois primeiros jogos no Hampden Park, em Glasgow. A estreia acontece precisamente contra a seleção da casa (Escócia) a 14 de junho e quatro dias depois segue-se a Croácia. O terceiro e último jogo será frente à Inglaterra, em Wembley, a 22 de junho.



Apenas quatro jogadores ultrapassaram a centena de internacionalizações na história do futebol checo e a lista é liderada por Petr Cech. O antigo guarda-redes estreou-se em 2002 e disputou cinco fases finais de grandes competições: 4 Europeus e 1 Mundial.

1.  Petr Cech, 124
2.  Karel Poborsky, 118
3.  Tomas Rosicky, 105
4.  Jaroslav Plasil, 103
5.  Milan Baros, 93
6.  Pavel Nedved e Jan Koller, 91
8.  Zdenek Nehoda, 90
9.  Pavel Kuka, 87
10.  Jiri Nemec, 84

O gigante Jan Koller serviu a seleção checa durante mais de 10 anos e alcançou um registo assinalável de 44 golos em 91 presenças, o que dá perto de 1 golo marcado a cada 2 jogos. Muito próximo ficou outro jogador carismático: Milan Baros.

1.  Jan Koller, 44
2.  Milan Baros, 41
3.  Antonin Puc, 35
4.  Zdenek Nehoda, 31
5.  Pavel Kuka e Oldrich Nejedly, 29
7.  Josef Silny, 28
8.  Vladimir Smicer, 27
9.  Tomas Rosicky, 23
10.  Frantisek Svoboda, 22
Nota: todos os dados presentes nesta página estão atualizados até dia 25 de maio de 2021.
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