Sete anos depois, Portugal sabe quem vai a julgamento no processo que ficou conhecido como Operação Marquês, que tinha um total de 28 arguidos, entre os quais o ex-primeiro-ministro José Sócrates, por crimes que iam da corrupção passiva à fraude fiscal.
Este processo, um dos mais mediáticos da história da Justiça portuguesa, começou a ser investigado em julho de 2013 e reuniu mais de três mil documentos em suporte papel e 13.500 milhões de ficheiros informáticos.
Aos 19 arguidos, pessoas singulares, foram imputados pelo Ministério Público, no total, 159 crimes. Em causa estavam crimes de corrupção passiva e ativa, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada, abuso de confiança e peculato e posse de arma proibida. As nove empresas estavam acusadas de corrupção ativa, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.
José Sócrates estava acusado, desde 2017, de 31 crimes, mas o juiz Ivo Rosa decidiu, no dia 9 de abril de 2021, só levar o ex-primeiro-ministro a julgamento por seis crimes, três de falsificação de documentos e três de branqueamento de capitais.
Seguem também para fase de julgamento o 'amigo' Carlos Santos Silva, Ricardo Salgado, Armando Vara e o motorista João Perna.
De um total de 189 crimes que o Ministério Público deduziu em todo o processo da Operação Marquês, 159 estavam imputados a pessoas - corrupção passiva e ativa, branqueamento de capitais, falsificação de documento, fraude fiscal qualificada, abuso de confiança, peculato e posse de arma proibida.
As empresas estavam acusadas de corrupção ativa, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.
Durante a leitura da decisão instrutória do processo, que durou mais de duas horas, o juiz Ivo Rosa acabou por arrasar a acusação do Ministério Público e, do total de 189 crimes, apenas 17 seguiram para julgamento, imputados a cinco dos arguidos, entre eles José Sócrates e o amigo Carlos Santos Silva.