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PALMITO: dar à bananeira um novo aproveitamento

Com elevado valor nutricional, o palmito da bananeira abre novas portas às vantagens de matéria-prima que era habitualmente considerada desperdício.
24 de Setembro de 2021 às 10:09

E da bananeira nasce… o palmito! O projeto Palmito do Atlântico traz-nos uma nova perspetiva sobre uma árvore relativamente à qual apenas temos vindo a aproveitar o seu fruto original: a banana.


João Petito, estudante do Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) em Cozinha e Produção Alimentar, foi o responsável pelo desenvolvimento do projeto Palmito do Atlântico, e o grande vencedor da 3ª edição do Concurso Regional Poliempreende da Universidade da Madeira (UMa), tendo ainda conquista o segundo lugar no concurso nacional.


O trabalho nasceu “no âmbito da disciplina de princípios de organização e gestão” cujo professor, “através do seu espírito empreendedor”, motivou João Petito “a pensar fora da caixa”. O responsável do projeto explica que acabou por “identificar que as bananeiras, após a colheita do cacho, apenas são utilizadas para adubar os solos”, percebendo que existiria aqui espaço para “criar algo novo”.




A verdade é que se tornava possível aproveitar “a bananeira de uma forma muito mais eficiente separando-a por diferentes tipos de matérias-primas e aproveitando-a na totalidade” dando assim seguimento também a um importante conceito “de economia circular”.


Assim sendo, João Petito adianta que “o Palmito do Atlântico é um projeto que pretende aproveitar a bananeira na totalidade, conseguindo produzir, por exemplo, os palmitos em conserva”. Através da receita criada para este efeito, é possível “alcançar o sabor e a textura de maçã”, abrindo-se assim portas a todo um novo mercado.


Mas João Petito explica ainda que foram também produzidos “congelados, o que, devido ao seu sabor natural totalmente neutro, permite que o palmito seja utilizado para entradas, inúmeras saladas, seja adicionado a pratos principais como guisados e ensopados, e ainda a sobremesas como tartes”. Em relação ao resto da matéria-prima, “através das fibras podemos produzir embalagens biodegradáveis, uma linha de produtos de souvenirs”, e ainda, com as sobras de matérias-primas, é possível criar “um composto biodegradável que irá alimentar os solos, fazendo com que a qualidade da produção de banana não seja alterada”.


O responsável do projeto acredita que “o Palmito do Atlântico traz vários benefícios para a saúde humana” já que permite “regular a flora intestinal, diminuir os níveis de açúcar no sangue, ajudar em gastrites e úlceras”. Na verdade, “os seus níveis de gordura são praticamente nulos, sendo ainda ricos em fibras e vitamina B6”.


O projeto encontra-se, atualmente, numa fase de “análises e ajustes”, sendo que “os próximos passos serão postos em prática após ser lançado o estudo” que permita “comprovar toda a pesquisa”. No seguimento deste estudo, João Petito refere a necessidade de “criar patentes e começar com o plano de marketing” que assegure uma maior difusão do projeto e permita a candidatura a fundos “capazes de financiar a fábrica e a produção em si”.






“O Palmito do Atlântico traz vários benefícios para a saúde humana já que permite regular a flora intestinal, diminuir os níveis de açúcar no sangue, ajudar em gastrites e úlceras.”



João Petito, responsável pelo desenvolvimento do projeto Palmito do Atlântico




Interação com a comunidade

João Petito defende que “o projeto representa um grande impacto” para toda a comunidade já que “através dele será possível diminuir os produtos fitofarmacêuticos nos solos”. Ao mesmo tempo, dado que a matéria-prima deixa de se decompor descontroladamente nos solos, “as pragas não serão atraídas para as bananeiras e assim não serão precisos tantos produtos fitofarmacêuticos, chegando aos valores que serão impostos em 2030 pela UE”. Já relativamente às embalagens biodegradáveis, o projeto vai permitir “adicionar ao mercado uma alternativa às embalagens de plástico, melhorando as condições ambientais”.


Na alimentação propriamente dita, o projeto prevê a introdução de uma linha de alimentos saudáveis, “com vários benefícios para a saúde”. Através da redução dos níveis de açúcar no sangue “ajudamos a tratar o problema da diabetes, que, cada vez mais, tem aumentado entre a população”. Ao mesmo tempo, pretende-se também “reduzir o consumo de carne” através da “introdução de alimentos de origem vegetal no mercado” vocacionados para “pessoas vegetarianas”, abrangendo assim “uma quantidade crescente de clientes devido a vários fatores como a procura de alimentos de melhor qualidade, com mais benefícios para a saúde.



Poliempreende é uma mais-valia

João Petito acredita que o concurso Poliempreende teve um papel “muito importante”, sendo considerado “um momento de aprendizagem para todos os projetos” que permite “criar contactos com outros jovens empreendedores e trocar experiências sobre os trabalhos”. Por seu lado, as oficinas com os especialistas “preparam para criar uma ideia de negócio organizada”, ajudando “nas dúvidas que foram existindo” e “capacitando com ferramentas para conseguir ter sucesso nos negócios”.


Em termos de apoios futuros, João Petito considera que o recurso ao Banco Santander acaba por ser algo natural já que “é um banco de confiança, que apoia o empreendedorismo e os projetos inovadores”. O projeto Palmito do Atlântico começou a ser trabalhado em 2020, encontrando-se atualmente em processo de análise de solos com o composto biodegradável que foi já desenvolvido. Decorre também “o ajuste de processamento térmico dos alimentos” e a determinação “das melhores condições sensoriais do alimento”. O prémio de cinco mil euros atribuído “vai ajudar nas análises e nas patentes”, diz o responsável pelo projeto.


Em termos de financiamento, João Petito considera que “neste momento em que vivemos só não obtém financiamento quem não quer”, já que “cada vez mais existem oportunidades de investidores, de fundos de concursos que apoiam em cada etapa do desenvolvimento”. Para tanto, basta que se apresente “uma boa proposta de valor, algo que resolva os problemas da atualidade” e, ao mesmo tempo, “aproveitar economias circulares”, evitando que “a matéria-prima seja descartada”.


Tendo em conta que grande parte do trabalho foi desenvolvido durante o período mais acentuado da pandemia, João Petito explica que optaram por aproveitar “para desenvolver toda a parte da investigação, resumindo a literatura existente, desenvolvendo e melhorando o estudo”, conseguindo, por isso, “aproveitar o tempo em que tudo parou, para não parar no projeto”.


Do lado do Santander, Cristina Dias Neves, diretora do Santander Universidades considera que este projeto “permite acrescentar valor na cultura da banana, valorizando o que até agora é desperdício”. Assim sendo, “vai causar um positivo impacto económico nas regiões de cultivo, para além dos benefícios alargados do seu contributo para maior diversidade na alimentação humana e, logo, com benefício da saúde pública”.


Este envolvimento do Banco Santander com as universidades não é algo novo. Cristina Dias Neves explica que “o Santander Universidades continua com uma aposta forte no ensino superior, através de acordos com cerca de 50 instituições de ensino superior que visam apoiar projetos que promovam o acesso de mais estudantes ao ensino superior” como bolsas de estudo, bem como iniciativas “na área do empreendedorismo e da empregabilidade, que permitam capacitar os estudantes para uma integração mais eficaz no mundo profissional”.








“O Banco Santander está interessado em promover, aproveitando esta relação tão forte com as universidades e politécnicos, uma maior adequação de todos os profissionais – jovens e menos jovens – aos novos desafios da economia digital.”

Cristina Dias Neves, diretora do Santander Universidades




Atualmente, o Banco está também focado “em promover, aproveitando esta relação tão forte com as universidades e politécnicos, uma maior adequação de todos os profissionais – jovens e menos jovens – aos novos desafios da economia digital”. Nesse sentido foi criada uma oferta internacional de bolsas “que servem precisamente para promover esses reskilling e upskilling” e está ainda a ser criada uma outra “oferta com instituições nacionais com o mesmo objetivo”.


Cristina Dias Neves considera igualmente importante sublinhar o facto de o banco Santander estar “cada vez mais interessado em fazer um cruzamento entre a atividade no Santander Universidades e os grandes desafios que se colocam na instituição, nomeadamente os desafios da promoção de uma sociedade mais sustentável, não só a nível de sustentabilidade social, como de sustentabilidade ambiental”.


É por essa razão que o Banco Santander tem vindo a promover “projetos que visam fomentar a criação de valor social, como o Prémio de Voluntariado universitário ou agora o apoio ao NOVA IMpact Challenge e ainda projetos que promovam uma sociedade cada vez mais consciente a nível ecológico, com menos desperdício e mais reciclagem e reutilização”.



O suporte do Santander

Sendo um dos promotores do concurso Poliempreende, o Banco Santander foi quem financiou os prémios do concurso, “ajudando muito, pois o prémio do concurso permitiu dar continuidade ao projeto com as investigações”, revela João Petito, responsável do Palmito do Atlântico.

Se tivesse de recomendar o Santander a uma entidade ou empreendedor com projeto na área da economia social, João Petito diria que “é a melhor solução, pois o Santander apoia o desenvolvimento de projetos e ideias, sendo uma maneira de conseguir adquirir o financiamento necessário”.